Bem vindos

O crescimento da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA foi a mola propulsora para a criação deste canal de comunicação, já que realizamos inúmeras atividades e nem sempre a divulgação dos eventos era feita de modo adequado. Utilize este espaço para sugerir, opinar, criticar, divulgar eventos relacionados a orquidofilia. Queremos fazer deste blog uma ferramenta importante para cada aficcionado pelas orquídeas.

Saudações orquidófilas

Robinson Viegas dos Reis
Presidente da ORQUIPIRA

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pleurothallis crassicaulis (Barb.Rodr.) Cogn.

Trata-se de uma miniatura, originaria do Rio de Janeiro, poucas vezes vista em coleções e exposições, mesmo na internet, as imagens encontradas são sempre as mesmas. 
Foi descrita em 1881, por Barbosa Rodrigues, como Lepanthes crassicaulis e em 1896 Cogniaux, incluiu a espécie em Pleurothallis. Em 2007, Luer publicou um estudo, transferindo a espécie para Pabstiella, nome não aceito por entidades como Kew Garden.
Obs: as raras fotos encontradas em sites como o http://www.orchidspecies.com/pleurcrassicaulis.htm, são da planta abaixo, vendida recentemente  a outro colecionador!



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Final do campeonato CAOB - Edição 2013


O ano acabou e com ele mais um campeonato CAOB. Este é um período de reflexões, de decisões, de procurar novos rumos e quando tratamos de um grupo, de uma associação, as escolhas tornam-se mais difíceis, pois sempre é impossível contentar a todos. Apesar de todas as falhas e atitudes amadorísticas da CAOB na coordenação dos eventos, com o  inevitável  prejuízo da disputa entre as entidades, sem dúvida a disputa esteve sempre em alto nível, com plantas incríveis, de excepcional qualidade e em quantidades cada vez maiores. Para Piracicaba, além da conquista do tetracampeonato consecutivo, ainda temos de comemorar a vitória no individual e na categoria calouros. É um feito a ser registrado! Fica a tristeza de não atingirmos a meta de 20.000 pontos, conforme havíamos projetado em nossas reuniões, simplesmente por perda de interesse, pela sensação do já ganhou!  As pessoas são assim! Quem acredita ainda em um mundo perfeito e justo? Quero apenas agradecer o empenho de todos os envolvidos na jornada, amigos ou não, criticados ou elogiados, certos ou errados, pois a grande virtude está em não esconder-se, em não omitir-se e sem dúvida todos os que cederam parte de seu tempo e esforço, na construção destes resultados merecem honra e respeito. Um obrigado especial aos membros da ORQUIPIRA, que mostraram mais uma vez a força da união. Obrigado também as associações das outras cidades, principalmente à de Poços de Caldas, vice-campeã e responsável por ditar o ritmo e fornecer o estímulo para não esmorecermos. 


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal


Epitáfio

"Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.


Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier"
(Sergio Brito)

Este é um período de renascimento, de escolhas, de decisões. Escolha apaixonar-se pela vida.
FELIZ NATAL!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Engenho Central de Piracicaba na mira do Ministério Público

Teatro Municipal Erotídes de Campos
Acompanho há anos, a dificuldade de conseguir um alvará, para realizar um evento no engenho central de Piracicaba e finalmente, o que parecia inevitável aconteceu: o Ministério Público interviu e proibiu novos eventos no local, até que seja executado o projeto de prevenção de incêndios e obtido o alvará de funcionamento junto aos bombeiros. Todo evento realizado no engenho, necessita de um alvará e para obtê-lo uma das etapas é conseguir a vistoria dos bombeiros (inclusive nas exposições de orquídeas). Como o engenho nunca possuiu o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), ao darmos entrada no pedido de vistoria do local do evento, a resposta era sempre a mesma: não fazemos vistoria pois o local não possui licença dos bombeiros e acrescentavam algumas sugestões de segurança, como manter saídas desimpedidas, etc. Anexado ao corpo do processo, este documento, dizendo que não seria fornecido um documento, dava-se entrada no protocolo da prefeitura, solicitando o alvará de liberação do evento. Nos últimos anos, após alguns acidentes e outros problemas, a dificuldade tornou-se cada dia maior, até que há 3 anos deixamos de fazer exposições no engenho, apesar deste ser o melhor local, verdadeira paixão do cidadão Piracicabano.
A partir desta segunda, 16/12/13, será permitida apenas a realização das atividades já agendadas para o Teatro Municipal Erotides de Campos, até o final do ano, desde que mantido um caminhão pipa à porta, isto porque o outro teatro municipal da cidade, também está fechado para reformas até o segundo semestre de 2014. Todos os demais eventos estão proibídos e a multa prevista para cada evento sem autorização no teatro é de R$ 17.000,00 e nos barracões históricos e área externa de R$ 34.000,00. Nem mesmo os eventos da própria prefeitura, como a festa das nações poderão ser realizados antes da conclusão das obras. 
É acompanhar para ver!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A evolução dos pontos no campeonato CAOB

Nós da ORQUIPIRA, somos frequentemente acusados de enviar plantas em demasia para as exposições. O fato real, é que nos últimos anos, todas as entidades aumentaram o número de plantas e os pontos conquistados. Apenas para exemplificar, listei os pontos dos 5 primeiros colocados de 2009 a 2013, mostrando por exemplo, que o quinto colocado de 2013, poderia ser vice em 2009 e o quarto colocado de 2013, o campeão no mesmo ano. Talvez parte do crescimento, seja nossa responsabilidade, pois mudamos o paradigma, comprando um caminhão, participando de 45 exposições no ano de 2013 e enviando 4970 plantas, mas com certeza outra parte importante deve-se ao crescimento das entidades orquidófilas, com a entrada de novos sócios, a melhoria no cultivo e a maior participação de todos. Acredito que isto seja benéfico, pois a maior preocupação dos organizadores de uma exposição, sempre foi a falta de plantas. Hoje a preocupação é com a falta de espaço para tantas plantas. A vantagem, é a possibilidade de realizarmos diversos eventos simultâneos, todos de alto nível, em 2013 a CAOB coordenou 87 exposições em 43 semanas (nas demais semanas do ano existe um recesso no calendário).  Só em 2013, segundo dados da própria CAOB, foram apresentadas nas exposições por ela coordenadas, 78.936 plantas floridas, lembrando que são apenas as plantas de coleção, não considerando as destinadas a venda. Ainda temos muitas outras exposições pelo país, não coordenadas pela CAOB. ( todas as regionais, as 3 da AOSP, as 2 do CPO, orquidaRIO, a maioria das regiões norte, nordeste e sul, etc).
Os dados estão aí, a análise final fica a critério de cada um! 


2009
11854
10806
9533
8702
7912
2010
12945
11514
10072
9244
9222
2011
18257
10397
9603
9144
9036
2012
15302
12963
10185
10147
8728
2013
19983
14549
12703
12353
11257


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Que orquídea é esta?

Foi premiada pela CAOB, em primeiro lugar, na Exposição de Londrina, uma planta com o nome de BC Hippodamia, cuja foto reproduzo ao lado. Esta é uma flor muito diferente da BC Hippodamia "Kevin Lucky", frequentemente vista em exposições e nos comerciantes. Originária de um cruzamento de Brassavola nodosa x Cattleya aclandiae, herdou o porte baixo da aclandiae, seu crescimento desorganizado e a pequena quantidade de flores., algo que não parece repetir-se na planta em questão. Gostaria da ajuda dos amigos do blog, na tentativa de elucidar o caso. Trata-se de um erro? Estamos diante de outro clone? Mais uma vez a CAOB premia uma planta com nome errado? 
Ofereço uma BC Hippodamia "Kevin Luchy", de prêmio, para quem trouxer luz a este mistério. Convença-me e receba seu presente. Estou aguardando os palpites.

1ª Exposição Nacional de Orquídeas de Itu - a capital dos exageros

2º Grupo de Artilharia de Campanha Leve
Itu, a segunda maior cidade da microrregião de Sorocaba, realizará neste final de semana seu 1º Festival Nacional de Orquídeas, graças aos esforços hercúleos do casal de orquidófilos, Edgar Leite e Neusa Von Marten. Será provavelmente a primeira exposição nacional realizada por associados autônomos da CAOB e não por uma entidade orquidófila. 
O evento acontecerá no 2º GACL - Regimento Deodoro, instalado no antigo Colégio São Luís, construído em 1867 pelos Padres Jesuítas. O quartel foi inaugurado em 20 de janeiro de 1918 e situa-se  na Praça Duque de Caxias 284, Centro.

Pequeno orelhão de Itu
Horário do evento:
13/12/13 - 19 as 21h
14/12/13 - 8 as 21h
15/12/13 - 8 as 17h

Piracicaba participará do evento com apenas 32 plantas de 3 expositores diferentes, uma marca triste no final de um ano com tantas conquistas e participações brilhantes em outros eventos. Infelizmente a motivação de cada um não pode ser alimentada por este que vos escreve e resta apenas pedir desculpas aos amigos Neusa e Edgar, pela falta de empenho e companheirismo. Espero que as outras cidades não repitam este desempenho pífio e vergonhoso, pois não é para isto que os bons e verdadeiros orquidófilos trabalham, lutando contra tudo e contra todos e agora até contra nós mesmos.
Desejo de coração, boa sorte e boa exposição. Sucesso!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Rhynchostylis gigantea (Lindley) Ridley 1896


Apesar de ser um gênero pequeno, com apenas três espécies; Rhynchostylis coelestis, gigantea e retusa, possui grande destaque nas coleções, pela facilidade de cultivo, grande quantidade de flores e variedade de cores e formas. A Rhynchostylis gigantea é a espécie mais encontrada em nossas coleções e possui no Brasil, muitos clones dignos de qualquer coleção. Poderíamos estampar inúmeras fotos de cada variedade da espécie e provavelmente sempre encontraríamos pequenas diferenças entre elas, tornando-as únicas. 

Provenientes de Borneo, Cambodja, China, Filipinas, Laos, Malasia, Myanmar, Tailandia e Vietnan, são encontradas em florestas secas, deciduas ou semi-deciduas, semelhantes a savanas, do nível do mar até aproximadamente 700m de altitude. São plantas monopodiais, de folhas largas e inflorescência pendente, facilmente diferenciadas das Rhynchostylis coelestis (folhas finas e inflorescência ereta) e da Rhynchostylis retusa (folhas finas e inflorescência pendente, geralmente mais longa e fina que a da gigantea). Suas flores de agradável perfume, duram aproximadamente 15 dias e são mais frequentes no período do outono e inverno, com pico no mes de julho (para a nossa região). São geralmente cultivadas em cachepot, com frequentes adubações, pois não possuem um período de repouso evidente e regas copiosas sempre que secas. Excelente espécie para os iniciantes. Listo abaixo algumas variedades frequentemente encontradas em coleções e nas nossas exposições.
Rhynchostylis gigantea alba
 (já foi chamada de Rhynchostylis gigantea forma harrissoniana - nome não aceito)
Rhynchostylis gigantea alba
Rhynchostylis gigantea amesiana? - variedade muito clara, batizada com
este nome pela semelhança com outras espécies
Rhynchostylis gigantea amesiana
Rhynchostylis gigantea tipo
Rhynchostylis gigantea tipo
Rhynchostylis gigantea spots - variedade mais pintada que a tipo
Rhynchostylis gigantea spots
Rhynchostylis gigantea "cartoon" - clone com grandes pintas
 muito bem delimitadas
Rhynchostylis gigantea "cartoon"
Rhynchostylis gigantea white/red spots - planta com pintas mais avermelhadas que a tipo,
podendo variar o tamanho das pintas (manchas). Pode ganhar o nome também de big spots.
Rhynchostylis gigantea white/red spots
Rhynchostylis gigantea red
(conhecida por Rhynchostylis gigantea subsp. violacea)
Rhynchostylis gigantea red
Rhynchostylis gigantea orange
Rhynchostylis gigantea orange


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Coppensia flexuosa - beleza e adaptação a toda prova

Rotulada de frágil por muitas pessoas, as orquídeas podem surpreender a todos, com a sua resistência e poder de adaptação. Há muitos anos, visitando uma EXPOFLORA na Holambra, adquiri minúsculas mudas de Oncidium flexuosum (Coppensia flexuosa), por R$ 1,00, certo de que estava jogando dinheiro fora. Na época morávamos em São Paulo e as mudas passaram a ser cuidadas pela minha mãe (na época não colecionava orquídeas). As mudas cresceram, floriram e um dia mudaram-se para Piracicaba. Abandonadas a própria sorte, definharam e para que não morressem, amarrei cada uma delas em uma árvore do quintal. Todas voltaram a crescer e florir. Uma delas está amarrada a uma árvore que já morreu, mas ela continua como se nada a incomodasse. Prova da adaptação da planta ao ambiente é a muda que nasceu sobre um telhado próximo. Espero em breve que toda a propriedade seja invadida pelos lindos cachos amarelos, que divido agora com voces. De frágeis elas não tem nada, nós é que atrapalhamos sua sobrevivência!




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O que acontece com a CAOB: Parte ...(já perdi as contas)!

fonte: www.orchidspecies.com
Depois de uma longa e ensolarada primavera (melhor que um tenebroso inverno), não consegui conter minha indignação e voltei a usar este espaço para esclarecer aos amigos, de algumas falhas da velha e boa CAOB, nas exposições de Porto Velho e Indaiatuba. Podem tentar usar as desculpas que Porto Velho está pela primeira vez realizando exposição pela CAOB, que é a primeira exposição de Indaiatuba, mas sinto muito; o papel da CAOB é coordenar e lembrem-se que ela cobra pelo serviço.
Em Porto Velho, as duas primeiras colocadas na categoria I, espécie nacional, são Cattleya violacea, assim como as tres da categoria IX, sazonal. Qual é a melhor violacea: a primeira da categoria I ou a primeira da categoria IX.? Sazonal é a espécie mais frequente da exposição e portanto julgada como categoria  separada, não cabendo portanto participar de duas categorias. Já é separada para permitir que outras espécies componham o pódio! Espécies e híbridos monopodiais são julgados na categoria VII. Para surpresa, em Porto Velho, o terceiro lugar da categoria IV é uma Vanda Kulwadee Fragance, além das tres monopodiais premiadas na categoria VII e um mérito cultural para uma Vanda Gordon Dillon Blue, na categoria X. Finalmente o primeiro e único prêmio da categoria VI, foi concedido a um Dendrobium híbrido sem nome, erroneamente batizado de Dendrobium phalaenopsis, que é uma espécie originária da Austrália e Papua e Nova Guiné, considerada por alguns como sinônimo de Dendrobium bigibbum. Confiram a foto acima com a postada no site da CAOB e percebam que não existe nenhuma semelhança entre as duas.
Também na exposição de Indaiatuba foi concedido o terceiro lugar da categoria VI, para uma planta batizada de Dendrobium híbrido, ou seja, sem nome, o que obrigatoriamente deveria resultar numa desclassificação, com a justificativa de nomenclatura incorreta (letra I pelos critérios CAOB). Para variar a CAOB agracia o erro com uma medalha de bronze. Trata-se de um erro tão infantil e fácil de ser detectado, que não consigo compreender como pode passar pelo crivo de juízes,  coordenadores, diretores, orquidófilos, colecionadores,profissionais, curiosos, tias, vizinhas, comadres etc.
Caso alguém mais culto e antenado possa ter confundido com plantas registradas com o nome de HYBRIDA, listo abaixo as que existem:

Cattleya x hybrida - C. guttata x C. loddigesii (hibrido natural)
Cattleya Hybrida - Veitch 1859 - C. guttata x C. loddigesii
Cattleya Hybrida - Veitch 1863 - C. aclandiae x c. loddigesii
Cattleya Hybrida - Wravin 1902 - C. warneri x C . pumila
Cattleya Hybrida Picta - Veitch 1859 - sinônimo do cruzamento C. guttata x C. loddigesii
Cephalopactis x hybrida - Cephalanthera  damasonium x Epipactis helleborine ( híbrido natural)
Gymnadenia x hybrida - Gymnadenia conopsea x Gymnadenia odoratissima (híbrido natural)
Lycaste Hybrida - Lycaste deppei x Lycaste skinnerii
Oberonia x hybrida - Oberonia diura x oberonia forcipifera (híbrido natural0
Ophrys x hybrida - Ophrys insectifera x Ophrys sphegodes (híbrido natural)
Orchis x hybrida - Orchis militaris x Orchis purpurea (híbrido natural)
Platanthera x hybrida - Platanthera chlorantha x Platanthera bifolia (híbrido natural)

Infelizmente Dendrobium híbrido ou hybrido ou hibrydo ou qualquer outra forma que prefiram, não possui registro e portanto é uma forma de dizer apenas que não sabemos qual o nome do cruzamento e portanto que a planta não pode ser julgada, pois para avaliarmos um híbrido devemos conhecer sua genealogia e analisar as melhoras que o cruzamento trouxe aos seus antecessores, pois caso contrário com o que iremos comparar o novo espécime? Julgar apenas achando bonitinho ou feinho é coisa de amador e não dos experientes juízes da CAOB!