Bem vindos

O crescimento da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA foi a mola propulsora para a criação deste canal de comunicação, já que realizamos inúmeras atividades e nem sempre a divulgação dos eventos era feita de modo adequado. Utilize este espaço para sugerir, opinar, criticar, divulgar eventos relacionados a orquidofilia. Queremos fazer deste blog uma ferramenta importante para cada aficcionado pelas orquídeas.

Saudações orquidófilas

Robinson Viegas dos Reis
Presidente da ORQUIPIRA

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Quem a CAOB premia como calouro?

Faz alguns anos, a CAOB passou a premiar os calouros que participam das suas exposições. Esta atitude é louvável, mas como é organizada pela CAOB, sempre derrapa na curva e o resultado pode ser catastrófico. Copiei e colei o ranking de calouros da CAOB, no dia 25/04/14 às 13h50, antes que desapareça e divido com voces a surpresa do 9º lugar: Drª Priscila C. Fonseca, ilustre colecionadora, famosa advogada, presente no meio orquidófilo há anos, participando de exposições do circuito CAOB, com plantas de qualidade inigualável e premiada a exaustão. sempre com muita justiça, pois não podemos deixar de admirar seu cultivo e a valor genético de suas plantas. Taxá-la de neófita é até desrespeito. A própria já participou de entrevistas, passíveis de consulta na rede, afirmando ser colecionadora há mais de 12 anos. No próprio site CAOB, existe registro de suas participações em exposição desde 2010 (antes desta data o site não tem registros de nenhuma exposição, prejudicando a pesquisa). Para exemplificar, em 13 de agosto de 2010, a Associação Orquidófila de São Paulo, participou da 12ª Exposição Nacional de Orquídeas de Piracicaba, conquistando o 14º lugar, com 35 plantas e 141 pontos de 4 expositores, sendo 8 destas plantas da Drª Priscila, que conquistou 31 pontos e o 53º lugar entre 295 expositores.
À Drª Priscila só resta-me pedir desculpas, pois sei que nada é por sua culpa. Faço apenas o registro por justiça aos verdadeiros neófitos.
RANKING DE CALOUROS
 - BRENO FURLAN BUENO (RIBEIRÃO PRETO-SP)
(180 pontos) (43 plantas) (7 exposições) (4,19 média)
 - Edmar do Vale Mendes (PIRES DO RIO-GO)
(151 pontos) (39 plantas) (1 exposições) (3,87 média)
 - JOSÉ MARIA DE ALMEIDA (PINDAMONHANGABA-SP)
(126 pontos) (28 plantas) (2 exposições) (4,5 média)
 - PATRICIA BREDA CARBRINE (RIO CLARO-SP)
(82 pontos) (23 plantas) (6 exposições) (3,57 média)
 - ALMIR JOSE MARIA (DIVINÓPOLIS-MG)
(75 pontos) (13 plantas) (2 exposições) (5,77 média)
 - DILSON PEREIRA DINIZ (ITUIUTABA-MG)
(73 pontos) (25 plantas) (3 exposições) (2,92 média)
 - SONIA MARIA CARMONA BRAGA (SÃO ROQUE-SP)
(72 pontos) (19 plantas) (3 exposições) (3,79 média)
 - ANTONIO CARLOS BORGES (MOGI GUAÇU-SP)
(65 pontos) (18 plantas) (3 exposições) (3,61 média)
9º - PRISCILA C. FONSECA (SÃO PAULO-SP)
(62 pontos) (9 plantas) (2 exposições) (6,89 média)
10º - JOSÉ CARLOS DA SILVA MARINHO (SÃO ROQUE-SP)
(59 pontos) (17 plantas) (3 exposições) (3,47 média)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Nada muda na CAOB

A CAOB não para de surpreender-nos . . . , negativamente, é claro! Apesar da nossa associação não estar participando, com a mesma intensidade dos anos anteriores, das exposições do circuito CAOB, continuo acompanhando com muito interesse e respeito todas as notícias, resultados publicados no site da entidade, ou qualquer fato que chegue ao meu conhecimento. Logo nas primeiras exposições do ano, notei 2 erros crassos, já que duas plantas haviam sido agraciadas com pódio, mesmo tratando-se de plantas sem nomes e que na verdade não poderiam ao menos ser julgadas, pois o fato está em clara oposição ao próprio regulamento da CAOB, como transcrito abaixo (retirado ainda hoje do site CAOB):

"Serão automaticamente desclassificadas e receberão letra, as plantas que apresentarem algum dos seguintes problemas:

De identificação:
  • Identificação incorreta, em qualquer caso.
  • Sendo planta brasileira, apresentar identificação considerada sinônimo constante na lista oficial de nomes aceitos pela CAOB, divulgada no website da coordenadoria...."
Para aqueles que não estão habituados ao julgamento CAOB, vários itens são passíveis de desclassificar uma planta no julgamento, recebendo a mesma por decisão do juiz. uma letra e não uma nota. As letras correspondem ao conceito utilizado para desclassificação da mesma e são:

"Conceitos
A – Forma 
B – Quantidade de Flor
C – Cultivo
D – Estado Floral
E – Fito Sanitário 
F – Apresentação
G – Recém Coletada
H – Sem identificação
I – Nomenclatura incorreta"

Como a identificação de qualquer espécie, animal, vegetal, bacteriana, etc, obrigatoriamente deve ser feita por um binômio, como por exemplo Homo sapiens, Entamoeba coli, Canis lupus, Crotalus durissus, Harpia harpyja ou para nós orquidófilos algo mais comum como Cattleya walkeriana, Dendrobium uniflorum, Bulbophyllum grandiflorum . . ., qualquer planta enviada para exposição com outro tipo de nomenclatura está automaticamente excluída do julgamento e recebe a letra H - sem identificação ou I - identificação incorreta.
Enviei e-mail para a CAOB e fui informado pelo presidente da entidade que as devidas providências seriam tomadas. Realmente, logo após as fotos foram apagadas da galeria de fotos da exposição. Infelizmente, o que foi feito foi apenas uma cortina de fumaça para turvar a visão deste chato que agora escreve, pois na planilha de pódio, acessada pelo mesmo local, ainda encontramos as plantas premiadas, com o nome do proprietário e a cidade de origem. Não manifestei-me antes, pois não queria passar por desagradável e intolerante. As plantas além de perderem a foto na página da CAOB, deveriam perder os pontos e as medalhas e/ou troféus conquistados. Resolvi deixar para lá!
As referidas plantas conquistaram o 2º lugar em Leme e o 2º lugar em Dobrada. Erro detectado, erro corrigido? Ledo engano! Hoje analisando alguns pódios do final de semana (já que eles são publicados com grande atraso, pois passam por análises e avaliações prévias), encontrei alguns erros provando que nada mudou. Em Catanduva e Presidente Venceslau premiaram  plantas com o nome de Dendrobium undulatum, nome considerado sinônimo por Kew Gardens e RHS, sendo o nome válido Dendrobium discolor, planta que não guarda qualquer semelhança com as apresentadas nas exposições. Vejam as fotos e tirem suas conclusões. Entendo que  são mais de 25.000 espécies, mas a CAOB deveria ser referência no assunto. Seus dados, fotos, prêmios, deveriam nortear novos e velhos colecionadores e estudiosos do Brasil ou mesmo do retante do mundo. Temos diretores da entidade, juízes, coordenadores de exposição, colecionadores presentes ao evento, profissionais vendendo plantas na exposição, internet, livro, será tão difícil acertar o nome de uma das no máximo 26 plantas merecedoras de pódio em cada exposição. Para piorar e muito, novamente em Presidente Venceslau a CAOB premiou uma planta sem nome, uma Miltassia, provando que infelizmente não aprendeu com seus erros e que seus coordenadores e juízes, não foram alertados das normas criadas pela própria entidade. Confiram logo se desejarem as informações que deixo, pois rotineiramente a CAOB apaga tudo e eu é que passo por louco.
Se alguém discordar ou mesmo souber explicar  os fatos, estou a disposição. Mandem seus comentários, opiniões e tenham a certeza de que os comentários não serão censurados. Sei que esta postura crítica não é bem aceita por todos, mas acreditem que não o faço para emporcalhar o nome da CAOB ou de seus colaboradores, pois também faço parte deste grupo.  Gostaria apenas de enxergar evolução, seriedade, uma busca pelo certo. 
Planta premiada em 3º lugar categoria VI da Expo Catanduva como Dendrobium undulatum (nome incorreto)
Planta premiada em primeiro lugar, na Expo de Presidente Venceslau, mesmo com a nomenclatura errada de Dendrobium undulatum 
Dendrobium discolor (Nome válido para Dendrobium undulatum). Planta de grande porte, originária da Austrália me Nova Guiné. Possui 3 variedades aceitas: (Dendrobiumdiscolor var. broomfieldii, Dendrobium discolor var. fimbrilabium e Dendrobium discolor var. fuscum) e 2 sub-espécies (Dendrobium discolor susp. discolor e Dendrobium discolor subsp. incurvata)

Dendrobium discolor var. broomfieldii
Miltassia - Expo Presidente Venceslau
Como a própria CAOB divulga em seu site e já repassado por este blog por entender a importância desta atitude:




sexta-feira, 11 de abril de 2014

Orquídeas independentes

Fico impressionado com o poder de adaptação das orquídeas. Tenho em minha propriedade dezenas de plantas presas as árvores e abandonadas a própria sorte. Na pequena estrada que separa o portão da entrada, até minha casa, desço lentamente, "com o carro na banguela", procurando uma nova planta em flor, ou qualquer indício de que algo não está bem, etc. Frequentemente paro o carro e faço algumas fotos de flores especiais ou de conjuntos mais atrativos. Hoje mexendo na máquina encontrei algumas fotos destas orquídeas do MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (no caso delas sem orquidário). Algumas já apareceram no blog, mas como na globo "vale a pena ver de novo".  Infelizmente não sei o nome de todas, mas vejam as fotos!
Híbrido de Cattleya

Híbrido sem nome. Lembra uma Júlio Conceição rosada.

Parece uma Júlio Conceição e cresce como tal.

Dendrobium fimbriatum oculatum

Capsulas de Cattleya walkeriana

Dendrobium aphyllum

Dendrobium aphyllum



Oncidium flexuosum











terça-feira, 8 de abril de 2014

Visita a um orquidário profissional

Mantendo a proposta da nossa associação de fomentar as atividades sócio-culturais, visitamos no dia 06 de abril o Orquidário da Serra, localizado no alto da serra de São Pedro. Local de paisagem exuberante, clima ameno e muita tranquilidade, mostra-se propício para o cultivo das mais variadas espécies de orquídeas, com alguma dificuldade para as plantas provenientes de locais muito quentes, como a região amazônica, pelo inverno mais rigoroso da serra. O amigo e associado Salvador Gorni, engenheiro de formação, transformou sua paixão pelas orquídeas em profissão, passando de simples colecionador, a um dos maiores e mais respeitado vendedor nas exposições deste país. Possui hoje 8 estufas de diferentes tamanhos, a maior com 720m² (16 x 45 m),  mas todas, basicamente,  com a mesma estrutura: cobertura com plástico difusor, sombrite, cultivo em bancadas e plantas molhadas com mangueira. A fitossanidade chama a atenção. Não vemos folhas pintadas, plantas doentes, mortas, excesso de mato nos vasos ou no chão do orquidário. Todas as plantas em floração estão estaqueadas e em perfeito estado para comercialização. São dezenas de milhares de plantas, prontas para seduzir qualquer orquidófilo incauto(todos nós). Molhar todos estes milhares de vasos com mangueira é a forma encontrada de unificar o cultivo, com maior ou menor fornecimento de água para cada lote de plantas ou até mesmo para vasos especiais. Enquanto o funcionário molha as plantas, ele observa o estado fitossanitário do lote, os botões que precisam ser estaqueados, qualquer problema no crescimento, necessidade de replante, etc. 
Preocupado com a qualidade da água e com os aspectos ecológicos, possui estoque de 160.000 litros coletados da chuva. São 8 caixas de 10.000 litros e 4 de 20.000 litros. Mesmo com toda esta capacidade de reserva, utiliza apenas a chuva coletada de 3 estufas, o que é suficiente para aproximadamente 6 meses de utilização. O volume de água armazenado aumenta continuamente e o Salvador revela que está em estudo a instalação de novas caixas, para otimizar a coleta, principalmente nesta estufa de 720 m², uma das últimas construídas. 
 
Iniciamos durante a última reunião da associação, uma discussão sobre as experiências individuais, na retirada de pequenos seedlings dos frascos e a sua aclimatação. A maioria dos presentes na reunião, relatou um sucesso maior no cultivo em vasos coletivos, do que em bandejas ou vasos individuais. Durante nossa visita ao Orquidário da Serra, pudemos observar ao vivo o sucesso do cultivo das mudas em vasos coletivos. O Salvador acredita que os resultados em coletivos, superam os de cultivo em bandejas pela uniformidade da umidade no substrato! Realmente notamos algumas células nas bandejas completamente secas e outras ainda encharcadas. Qual atitude tomar, molhar porque está seco ou esperar porque está encharcado? Fica evidente a diferença de crescimento e da sobrevivência das mudas entre as bandejas e os vasos coletivos. O substrato é o mesmo, musgo chileno, os cuidados de adubação, rega, defensivos. A única diferença é na forma de acondicionar: coletivo em vaso de barro baixo x bandejas de células individuais de material plástico. Veja as fotos e tire suas próprias conclusões.







Dentro de uma das estufas, encontramos uma caixa d'água, sobre a qual são cultivadas algumas espécies mais exigentes em umidade, mas que não gostas de ficar com os "pés" molhados por muito tempo. Mais uma boa ideia que pode e deve ser aproveitada, principalmente quando vemos a esplêndida floração deste Oncidium varicosum.
Uma prova da excelência do cultivo praticado no Orquidário da Serra é a quantidade de troféus ganhos em exposições de todo o país.

Como ninguém é de ferro, unimos o útil ao muito agradável e aproveitamos para queimar uma carne e tomar  muitas cervejas geladas. Os mais animados até alugaram uma van, para não correrem risco na volta para casa (logo na saída de São Pedro existe um posto da polícia rodoviária). Viva a "Lei Seca".


Em cada canto da propriedade notamos o cuidado e o zelo do proprietário. Centenas de orquídeas vegetam naturalmente nas árvores e era extraordinário a quantidade de oncidiuns em flor.  A cereja do bolo foi a contemplação de uma Sophronitis cernua amarela, planta da coleção pessoal do Salvador. Muito bem cultivada a planta cresce com força e gera anualmente um corte para a venda. Após o corte, ele aguarda o enraizamento antes de entregar a raridade ao feliz proprietário. Aos incautos parece fácil cultivar esta joia!. caso alguém deseje arriscar-se, terá de aguardar até 2015, pois o corte de 2014 já está enraizado e florido mas já tem dono e o de 2015 ainda não foi feito mas já deixei reservado.  Se voce  deseja desfrutar destes dias agradáveis, a ORQUIPIRA está de portas abertas, com as reuniões sempre nas primeiras e terceiras terças feiras de cada mês, as 19h30, no anfiteatro da secretaria Municipal de Abastecimento - SEMA, localizada na esquina da Rua Santa Cruz com a Dr Paulo de Moraes. Mês que vem tem mais!