Bem vindos

O crescimento da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA foi a mola propulsora para a criação deste canal de comunicação, já que realizamos inúmeras atividades e nem sempre a divulgação dos eventos era feita de modo adequado. Utilize este espaço para sugerir, opinar, criticar, divulgar eventos relacionados a orquidofilia. Queremos fazer deste blog uma ferramenta importante para cada aficcionado pelas orquídeas.

Saudações orquidófilas

Robinson Viegas dos Reis
Presidente da ORQUIPIRA

quinta-feira, 19 de março de 2015

Dendrobium purpureum Roxb., Fl. Ind. ed. 1832, 3: 484 (1832).

Originário das Ilhas Molucas, Nova Guiné, Sulawesi, Fiji e Vanuatu, o Dendrobium purpureum é planta de médio a grande porte, podendo apresentar pseudobulbos com até 1,5 m de comprimento (em geral de 50 cm a 1 m), epífita, com folhas decíduas de 9 a 13 cm de comprimento por 1,5 a 2,5 cm de largura, dispostas em ambos os lados do pseudobulbo. A inflorescência pode conter até 60 flores, com 1,2 a 20 mm, geralmente nos pseudobulbos maduros e portanto sem folhas, formando um cachoo compacto (um "tufo"). As flores que duram algumas semanas,  podem apresentar coloração variada: rosa, rosa e branca, branca ou branca e verde. Faz parte da Seção Pedilonum e possui 2 sub-espécies: Dendrobium purpureum subsp purpureum e Dendrobium purpureum subsp candidulum, que podem ser separados pelo tamanho e forma do labelo (menor na subsp candidulum).
As fotos que ilustram a postagem, são de uma planta de forma alba, mais frequentes em nosso meio que a forma tipo, após uma sementeira realizada pelo Orquidário Colibri,   que resultou em plantas de crescimento vigoroso e muito floríferas.
Uma curiosidade é o uso medicinal da planta, que após macerada é utilizada na Malásia para tratamento de inúmeras lesões cutâneas, como por exemplo os furúnculos.





quarta-feira, 18 de março de 2015

Visitando amigos

Estive ontem, com alguns amigos da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA, visitando o orquidário de um outro associado, o Sr Ademar Dantas Teixeira, proprietário de uma das maiores coleções que conheço e campeão individual da CAOB em 2013. É claro que passamos horas muito agradáveis e que ficamos encantados com suas plantas em flor. Uma das características marcantes deste orquidário é a presença de uma nascente em seu interior, que forma um pequeno lago, melhorando muito a umidade do ambiente, facilitando o cultivo. Divido com voces algumas destas gratas surpresas.
Bulbophyllum carunculatum
Phalaenopsis bellina

Bulbophyllum frostii

Dendrobium panduriferum

Phalaenopsis cornu-cervi red

Dendrobium shiraishii

Vista parcial do orquidário

Vista parcial do orquidário

Cattleya tenuis

Epidendrum ciliare

Angraecum eichlerianum

Mormolyca ringens

Cattleya labiata coerulea

Epidendrum nocturnum

Vista parcial do orquidário e da nascente

terça-feira, 10 de março de 2015

Marc Quinn - e dizem que orquídea não é cultura!

Volto sempre ao tema: orquídea/orquidofilia versus cultura, pois aqui em Piracicaba, fomos descartados da Secretaria de Ação Cultural, pois nossa sábia secretária acha que orquídea não é cultura e portanto não tem motivos para colaborar com a nossa entidade e as nossas exposições. Segundo ela, melhor seria que procurássemos a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Coisas de Brasil! Coisas de mentes tacanhas!
Marc Quinn é um artista britânico, nascido em 8 de janeiro de 1991, que tornou-se importante e conhecido no cenário cultural, com seu auto-retrato ( na verdade uma escultura ), feito com 4,5 litros de seu próprio sangue congelado, que foi obtido durante 5 meses de coleta. Esta obra foi adquirida por Charles Saatchi, empresário e grande colecionador inglês, por £ 13.000 e apresentada na Exposição Sensation, em 1997, na Royal Academy of Arts, de Londres. Em abril de 2005, a obra foi vendida para Steven A. Cohen por US$ 2,8 milhões. A cada 5 anos Quinn produz uma nova peça, registrando o seu envelhecimento e a deterioração pela ação do tempo. Produziu outras obras polêmicas, com esculturas de pessoas nascidas com má-formações ou amputações de membros, ou mesmo defeitos adquiridos. Uma obra famosa, revela a modelo Kate Moss em posição de yoga. Em outra obra, de 2008, Quinn revela a mesma modelo, em tamanho natural,  confeccionada em ouro 18 quilates (divulgada como a maior estátua em ouro maciço, desde o antigo Egito). Criou um retrato do ganhador do Nobel, John E. Sulston, membro do projeto genoma humano, utilizando partículas do DNA do pesquisador, replicados em bactérias, aplicadas sobre uma placa de ágar.
Em 2000, apresentou a obra intitulada - Garden - onde apresentou um jardim, com plantas de diversas regiões, impossível de coexistirem e mantidas em suspensão criogênica.
Em seus trabalhos recentes, Quinn produziu grandes peças em bronze, representando orquídeas, além de telas com o tema. Algumas imagens obtidas da internet, ilustram a postagem e pretendem apenas aguçar o senso crítico e artístico dos amigos apaixonados por orquídeas. Se isto não é arte; o que será?  Se arte não é cultura; o que será? Nem precisa responder"

















Auto-retrato - escultura produzida com o sangue congelado  do próprio artista





sexta-feira, 6 de março de 2015

Galeandra leptoceras Schltr. 1920

O gênero Galeandra foi descrito inicialmente por Lindley, em 1832. Contém 26 espécies, terrestres e epífitas, oriundas da parte tropical do continente Americano. São caracterizadas por possuírem pseudobulbos fusiformes, com folhas estreitas, decíduas, plicadas; inflorescência terminal, com flores apresentando sépalas e pétalas estreitas, distribuídas na parte superior da flor e um labelo tubular. Possui 4 políneas.
A Galeandra leptoceras, foi descrita por Schlechter, em 1920. É originária da Colômbia e tem hábito epífita.


segunda-feira, 2 de março de 2015

Habenaria medusa Kraenzl., Bot. Jahrb. Syst. 16: 203 (1892).

O gênero Habenaria possui aproximadamente 760 espécies, presentes na Asia, África e América do Sul. Foi criado por Carl Ludwig Willdenow em 1805.
A Habenaria medusa, foi descrita em 1892, por Friedich (Fritz) Wilhelm Ludwig Kränzlin (1847-1934). É uma espécie terrestre, encontrada no Laos, Java, Bornéo, Vietnan, Sulawesi e Sumatra. A planta possui 4 ou 5 folhas, dispostas em forma de roseta, próximas ao solo, com uma haste floral ereta que surge do centro e mede 30 a 40 cm, portando 10 a 20 flores, de rara beleza. A Habenaria nedusa é considerada planta de difícil cultivo, pois após sua floração perde toda a parte vegetativa, restando apenas uma tuberosidade subterrânea, que necessita de um inverno seco, pois apodrece facilmente. Depois, na primavera e verão, necessitam de água de boa qualidade em abundância e adubo, para originar novas folhas e haste floral. A planta da foto, floresce sempre nos meses de fevereiro e março. Possui floração sequencial, o que nos permite admirar sua beleza por mais de um mês. Em maio de 2011 esta mesma planta foi premiada na Exposição de Lins, como raridade e foi contemplada com a capa de um Boletim CAOB (publicação da Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil).
Infelizmente depois de anos de cultivo, esta planta nunca apresentou novas brotações ou tubérculos, que permitissem sua multiplicação.

Sinônimo: Fimbriorchis medusa (Kraenzl.) Szlach., Orchidee (Hamburg) 55 : 490 (2004).