Quando nos deparamos com o meristema de uma orquídea de excelente qualidade, enxergamos a possibilidade de também possuirmos aquela maravilha. Muitas vezes nossas espectativas não são alcançadas e ficamos com a dúvida se ocorreu uma falha no processo de meristemagem (degeneração por excesso de divisões, mutação, etc) ou se fomos enganados. Por este motivo, sempre o corte da planta original terá maior valor que o do clone obtido por meristemagem.
Há poucos dias postei um texto falando da planta premiada em Leme, um cruzamento de Cattleya Little Miss Charming x Rhyncholaeliocattleya Chinese Bronze. Esta excepcional planta, foi meristemada pelo Salvador Gorni, proprietário do Orquidário da Serra, de São Pedro e agora as primeiras plantas clonadas estão florindo. Para surpresa geral, aproximadamente 10% do lote está florindo com uma mutação, apresentando flores trilabelo. Pela alta porcentagem e pela semelhança das plantas mutantes, acredito que a variação genética aconteceu em um dos protocórmios iniciais e que este passou a ser dividido e multiplicado, gerando assim clones da planta trilabelo. Fica a prova portanto que meristema não é garantia de cópia perfeita da planta original e que a variação pode ser muito maior do que imaginávamos. Mutações a parte, até que o resultado final ficou agradével (ainda prefiro a plata original).
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Planta premiada em Leme - corte da planta original |
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Primeira floração de um dos meristemas |
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Perfil da planta acima |
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Planta mutante - trilabelo |
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