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O crescimento da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA foi a mola propulsora para a criação deste canal de comunicação, já que realizamos inúmeras atividades e nem sempre a divulgação dos eventos era feita de modo adequado. Utilize este espaço para sugerir, opinar, criticar, divulgar eventos relacionados a orquidofilia. Queremos fazer deste blog uma ferramenta importante para cada aficcionado pelas orquídeas.

Saudações orquidófilas

Robinson Viegas dos Reis
Presidente da ORQUIPIRA

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O que acontece com a CAOB: Parte ...(já perdi as contas)!

fonte: www.orchidspecies.com
Depois de uma longa e ensolarada primavera (melhor que um tenebroso inverno), não consegui conter minha indignação e voltei a usar este espaço para esclarecer aos amigos, de algumas falhas da velha e boa CAOB, nas exposições de Porto Velho e Indaiatuba. Podem tentar usar as desculpas que Porto Velho está pela primeira vez realizando exposição pela CAOB, que é a primeira exposição de Indaiatuba, mas sinto muito; o papel da CAOB é coordenar e lembrem-se que ela cobra pelo serviço.
Em Porto Velho, as duas primeiras colocadas na categoria I, espécie nacional, são Cattleya violacea, assim como as tres da categoria IX, sazonal. Qual é a melhor violacea: a primeira da categoria I ou a primeira da categoria IX.? Sazonal é a espécie mais frequente da exposição e portanto julgada como categoria  separada, não cabendo portanto participar de duas categorias. Já é separada para permitir que outras espécies componham o pódio! Espécies e híbridos monopodiais são julgados na categoria VII. Para surpresa, em Porto Velho, o terceiro lugar da categoria IV é uma Vanda Kulwadee Fragance, além das tres monopodiais premiadas na categoria VII e um mérito cultural para uma Vanda Gordon Dillon Blue, na categoria X. Finalmente o primeiro e único prêmio da categoria VI, foi concedido a um Dendrobium híbrido sem nome, erroneamente batizado de Dendrobium phalaenopsis, que é uma espécie originária da Austrália e Papua e Nova Guiné, considerada por alguns como sinônimo de Dendrobium bigibbum. Confiram a foto acima com a postada no site da CAOB e percebam que não existe nenhuma semelhança entre as duas.
Também na exposição de Indaiatuba foi concedido o terceiro lugar da categoria VI, para uma planta batizada de Dendrobium híbrido, ou seja, sem nome, o que obrigatoriamente deveria resultar numa desclassificação, com a justificativa de nomenclatura incorreta (letra I pelos critérios CAOB). Para variar a CAOB agracia o erro com uma medalha de bronze. Trata-se de um erro tão infantil e fácil de ser detectado, que não consigo compreender como pode passar pelo crivo de juízes,  coordenadores, diretores, orquidófilos, colecionadores,profissionais, curiosos, tias, vizinhas, comadres etc.
Caso alguém mais culto e antenado possa ter confundido com plantas registradas com o nome de HYBRIDA, listo abaixo as que existem:

Cattleya x hybrida - C. guttata x C. loddigesii (hibrido natural)
Cattleya Hybrida - Veitch 1859 - C. guttata x C. loddigesii
Cattleya Hybrida - Veitch 1863 - C. aclandiae x c. loddigesii
Cattleya Hybrida - Wravin 1902 - C. warneri x C . pumila
Cattleya Hybrida Picta - Veitch 1859 - sinônimo do cruzamento C. guttata x C. loddigesii
Cephalopactis x hybrida - Cephalanthera  damasonium x Epipactis helleborine ( híbrido natural)
Gymnadenia x hybrida - Gymnadenia conopsea x Gymnadenia odoratissima (híbrido natural)
Lycaste Hybrida - Lycaste deppei x Lycaste skinnerii
Oberonia x hybrida - Oberonia diura x oberonia forcipifera (híbrido natural0
Ophrys x hybrida - Ophrys insectifera x Ophrys sphegodes (híbrido natural)
Orchis x hybrida - Orchis militaris x Orchis purpurea (híbrido natural)
Platanthera x hybrida - Platanthera chlorantha x Platanthera bifolia (híbrido natural)

Infelizmente Dendrobium híbrido ou hybrido ou hibrydo ou qualquer outra forma que prefiram, não possui registro e portanto é uma forma de dizer apenas que não sabemos qual o nome do cruzamento e portanto que a planta não pode ser julgada, pois para avaliarmos um híbrido devemos conhecer sua genealogia e analisar as melhoras que o cruzamento trouxe aos seus antecessores, pois caso contrário com o que iremos comparar o novo espécime? Julgar apenas achando bonitinho ou feinho é coisa de amador e não dos experientes juízes da CAOB!

2 comentários:

Anônimo disse...

E qual não foi a maior surpresa ao consultar a Relação dos Juízes da Expo de Porto Velho? Vejam no site da CAOB!!!! Olitta

Robinson disse...

Para quem estiver com preguiça de olhar no site da CAOB, os juízes são:
Nivaldo José Cruz(presidente da CAOB) Luiz Francisco Bordignon de Americana e Sergio Queiroz de Belém/PA. É a CAOB agora com coordenação via aérea! E olha que a exposição tinha 136 plantas!