Bem vindos

O crescimento da Associação Orquidófila Piracicabana - ORQUIPIRA foi a mola propulsora para a criação deste canal de comunicação, já que realizamos inúmeras atividades e nem sempre a divulgação dos eventos era feita de modo adequado. Utilize este espaço para sugerir, opinar, criticar, divulgar eventos relacionados a orquidofilia. Queremos fazer deste blog uma ferramenta importante para cada aficcionado pelas orquídeas.

Saudações orquidófilas

Robinson Viegas dos Reis
Presidente da ORQUIPIRA

segunda-feira, 29 de abril de 2013

"Para não dizer que não falei de flores"

É uma pena que o sistema da CAOB seja tão precário e não forneça nenhuma estatística das nossas exposições, premiações, plantas apresentadas, etc. Na falta de sistema usamos o método antigo, o braçal. Intrigado com a recente discussão da importância das Cattleyas e afins, além de seus híbridos, fiz um levantamento das 13 primeiras exposições do ano, que poderiam conferir até 39 pódios para cada uma das categorias: espécie nacional, espécie estrangeira e híbridos. Desconsiderei a categoria sazonal, pois esta já foi alvo de estudo há poucos dias.
Na categoria I, espécie nacional, todos os 39 prêmios foram concedidos. Do total, 66,66% foram entregues a apenas 5 espécies: 6 para Cattleya guttata, 6 para Cattleya labiata, 5 para Cattleya bicolor, 5 para Hadrolaelia pumila e 4 para Hadrolaelia praestans.
Na categoria II, espécie estrangeira, foram oferecidos 28 prêmios (descontei 2: a Cattleya bicolor e a Cattleya tenuis em Santo André, para não convulsionar). Impressionantes 60,71% dos prêmios foram para 2 espécies: 9 para Cattleya trianae e 8 para Laelia anceps.
Na categoria III, híbridos, todos os pódios foram preenchidos. A BC Ernesto Alavarce "PV" esteve no pódio 6 vezes, totalizando 15,38% e 51,28% foram distribuídos por 8 híbridos diferentes apenas.
Entendo que existe sazonalidade e que ainda temos muito tempo até o final do ano, mas não dá para chamar de diversificada a premiação das categorias I, II e III, principalmente se pensarmos nos híbridos, que somam algumas milhares de dezenas. Como citei ainda hoje em um comentário, premiamos híbridos como a Cattleya portia, registrado em 1897 e a LC Mini Purple de 1965, como o melhor em termos de híbrido de um evento. Onde está a evolução, a novidade? A exposição é feita para leigos e orquidófilos e como dizia o Dr Hannibal Lecter (no filme O silêncio dos Inocentes), "só cobiçamos aquilo que nossos olhos enxergam". A exposição serve para despertar nosso desejo, nossa vontade de adquirir uma nova planta, uma nova espécie, um novo gênero, cultivar melhor, apresentar de forma mais profissional nossa planta. Não colecionamos pontos, mas sem dúvida eles impulsionam nosso desprendimento em mandar para exposição nossas melhores plantas e não apenas coisas comuns. Não quero entrar em detalhes, mas se levantarmos outras estatísticas, perceberemos que poucos são aqueles beneficiados por estas categorias. São muitos prêmios para poucos. As contas eu já fiz, mas quem quiser que faça as suas.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O que acontece com a CAOB - Parte 3?

Finalmente vejo uma  fraca luz no fim do longo túnel. Hoje a CAOB "acertou" o regulamento de julgamento, ou pelo menos passou perto. Ficou registrado no regulamento presente para consulta no site, que a mudança ocorreu no dia 1º de janeiro de 2013, excluindo a categoria de híbridos monopodiais. Tal fato não corresponde a verdade, pois em Leme está registrado o pódio de 3 espécies e 3 híbridos monopodiais; o mesmo acontecendo em Presidente Venceslau e em Itaguara foram 3 híbridos e 1 espécie premiado. Para piorar muito a situação, eles simplesmente apagaram as fotos das plantas primeiro colocadas na categoria de híbridos monopodiais, jogando no lixo o reconhecimento e a história de trabalho dos orquidófilos, que nada tem a ver com os interesses da CAOB. Bastava admitir a falha e não querer tapar o sol com a peneira, deixando a mudança para quando ela realmente foi ao ar: HOJE, 25/04/2013. Se você fez um pódio nesta categoria, não verá mais sua foto no site da CAOB, SUMIU. Corra e imprima uma cópia da planilha de pódio antes que também desapareça. Esta é a história da orquidofilia que estamos construindo, feita de fatos moldáveis aos interesses da ocasião. Como já disse outras vezes, divulgar os dados da CAOB é correr o risco de passarmos por mentirosos, pois eles mudam com o humor de sua diretoria. Vergonha!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

51ª Exposição Nacional de Orquídeas de São Carlos

Esta é uma daquelas semanas que só temos uma exposição no circuito CAOB. Justamente quando isto acontece, a cidade organizadora do evento tem problemas com o espaço para apresentação das plantas e ficamos limitados a 60 vasos para cada entidade participante. Em 2012 o mesmo aconteceu e a exposição passou de 2240 plantas em 2011 para apenas 1542. Participaremos com 56 plantas e não podemos afirmar que são nossos  melhores espécimes, pois temos uma grande dificuldade em administrar uma redução drástica de 127 vasos da semana passada para menos da metade agora. Muitos preferem não ter o trabalho de preparar os vasos, preencher etiquetas, sair de casa para leva-los ao ponto de concentração e confecção da planilha de julgamento, para depois descobrirem que já existem plantas melhores e que a dele já excede a cota imposta. Sendo assim enviamos o que aparece e não o nosso melhor. Fazer o que?

O que acontece com a CAOB - Parte 2 e 4/5?

As categorias de julgamento da CAOB já passaram por diversas mudanças. A pouco tempo eram cinco: espécie, híbrido, exótica, botânica e micro. Como era difícil encaixar cada planta nestas categorias, pois temos num mesmo gênero diferentes tamanhos de flores, espécies mais ou menos atrativas, além de muitos outros fatores, em 2011 as categorias foram divididas, premiando uma melhor distribuição pela importância do gênero, tanto em número de espécies, como em sua presença nas coleções. Passamos a julgar 18 categorias: paphio, terrestre, Cattleya unifoliadas, Cattleya bifoliadas, Laelia, híbridos de Cattleya, Epidendrum, Pleurothallis, Coelogyne, Catasetum, Maxillaria, Oncidium, Dendrobium, Bulbophyllum, espécie monopodial, híbrido monopodial, curiosidade e mérito cultural. Os outros gêneros estavam contidos nestas categorias, existindo um regimento de julgamento e um regulamento, contemplando todas as normas e as divisões.
Foram feitas reuniões para esta divisão, tudo foi escrito, impresso, distribuído e realizado capacitações para os juízes e demais interessados.
Em junho de 2012, após muita reclamação da dificuldade de julgar as exposições segundo este novo critério (já leram o livro: Quem mexeu no meu queijo?), jogaram no lixo todo o trabalho realizado e reduziram para 11 categorias: espécie nacional, espécie estrangeira, híbridos das categorias anteriores, espécie monopodial, híbrido monopodial, sazonal, mérito cultural, raridade e mais 3 para todos os outros gêneros e batizadas sempre por um número em algarismo romano.
Nesta semana oficialmente foi divulgada a exclusão de mais uma categoria: híbrido monopodial. Agora são apenas 10. Como disse em postagem anterior, esta divisão deixa clara a visão retrógrada de orquidófilos oriundos de um tempo onde só Cattleya era importante. São 4 as categorias que prestigiam um pequeno grupo com aproximadamente 176 espécies, em detrimento de todas as outras 24.824.
Hoje resolvi testar meus próprios argumentos e após horas de pesquisa, onde consultei todas as 71 planilhas de pódio das exposições coordenadas pela CAOB desde junho de 2012, quando surgiu a categoria sazonal, tenho dados concretos para afirmar que esta categoria depois de quase um ano, premiou não 176 espécies, mas sim 13 espécies em 41 exposições onde foi concedido prêmios na categoria. Vamos dar nomes aos bois (ou orquídeas se preferirem):
- Cattleya walkeriana - 15 exposições
- Cattleya nobilior - 5 exposições
- Laelia purpurata - 5 exposições
- Cattleya loddigesii - 4 exposições
- Cattleya labiata - 3 exposições
- Cattleya warnerii - 2 exposições
- Cattleya bicolor, Cattleya trianae, Cattleya lueddemanniana, Cattleya amethystoglossa, Cattleya forbesii, Cattleya leopoldii, Laelia anceps - 1 vez cada.
Lembramos que várias cidades fazem exposições temáticas, como da Cattleya walkeriana em Vespasiano com 15 pódios para a espécie e da Cattleya warnerii com 14 premiações para a espécie e isto não está computado nos dados acima.
A categoria sazonal, foi criada para premiar a espécie mais presente na exposição ou aquela que é símbolo da entidade organizadora. Mas várias distorções foram identificadas: em Santa Cruz das Palmeiras, foram premiadas nesta categoria 2 Cattleya walkeriana e 1 Cattleya nobilior; em Poços de Caldas o segundo e terceiro lugar da categoria I, espécie nacional foram Cattleya nobilior e ainda concederam mais um prêmio para uma nobilior na categoria sazonal; em 7 das 41 exposições onde o prêmio foi concedido, não existiam 3 plantas premiadas (será que realmente elas estavam presentes em grande número no evento?).
Se ainda não convenci a todos que esta categoria foi criada para prestigiar poucas plantas de poucos colecionadores, utilizo o recurso mais importante da informática CtrlC/CtrlV (copiar/colar) e anexo as palavras do próprio regulamento da CAOB: Categoria IX- Sazonais ( Walkeriana, Labiatas,Warnerii, Purpurata, Nobilor, Violácea, etc).
 São ou não são 4 categorias para um mesmo grupo de orquídeas? Nós, orquidófilos membros da CAOB, somos uma parcela da população brasileira, acostumada a aceitar sem pensar, discutir, opinar e estamos refletindo este comportamento no nosso dia a dia. Qual será o custo destas mudanças, pois com certeza várias medalhas prontas não serão utilizadas, pois a antiga categoria VIII, híbridos monopodiais possuía ouro, prata e bronze e agora como raridade só ouro, o mesmo acontecendo com a categoria X; e a IX que era só uma medalha de ouro terá que ser confeccionado prata e bronze. Sem contar com a primeira mudança de 18 para 11 categorias. É muito dinheiro mal aproveitado. Não seria melhor planejar as mudanças?

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O que acontece com a CAOB - Parte 2 e 3/4?

Finalmente a CAOB tomou uma atitude e mudou o regulamento de julgamento. Está lá no site: regulamento de julgamento 2013. Sem alarde, sem aviso importante número "n", sem qualquer citação, só a mudança. Apagaram a categoria VIII de híbrido monopodial e incluíram na VII de espécie monopodial. Tudo bem que esqueceram de arrumar o resto do regulamento e logo nas primeiras linhas já citam as 11 categorias (que agora são 10) e por aí a coisa vai. Ainda está listando Ascocenda como espécie monopodial. Precisa arrumar direito!
O que impressiona é a insistência em acabar com as categorias que não são de Cattleya, Laelia e seus aparentados. Eram 17 categorias, reduziram para 11 e agora são 10. Destas 10 categorias 4 são para o grupo das Cattleyas: espécie nacional, espécie estrangeira, híbridos das categorias anteriores e categoria sazonal (para premiar Cattleyas e afins mais comuns do período, ou alguém já viu Dendrobium ou Bulbophyllum nesta categoria). Este protecionismo não tem explicação. Se somarmos rapidamente e com números aproximados temos:
-53 espécies de Cattleya + 70 Laelia + 18 Brassavola + 10 Sophronitis + 15 Schomburgkia + 8 Myrmecophila + 2 Broughtonia = 176 espécies aproximadamente, com 4 categorias.
- 25.000 espécies menos 176 = 24.824 espécies com as outras 4 categorias, pois mérito cultural e raridade são premiações extras e dependentes apenas das circunstâncias do evento. Só para exemplificar são 1500 espécies de Bulbophyllum (o maior gênero da família Orchidaceae), 1200 de Dendrobium, 500 de Stellis, 370 de Eria, 1000 de Epidendrum, 650 de Maxillaria.  Os critérios de equidade da CAOB são ao menos discutíveis.
Gostaria muito que as pessoas utilizassem este espaço para manifestar sua opinião, séria e embasada, para podermos, quem sabe, avançar neste assunto. A CAOB é nossa. Nós a construímos, mantemos, sustentamos, elegemos seus diretores e temos todo o poder e direito de sermos ouvidos. Fico no aguardo.
PS: o pódio de Vinhedo ainda não saiu e quase uma semana depois não sabemos as plantas premiadas. Um descaso e uma vergonha.

domingo, 21 de abril de 2013

Algo para ser comemorado

Estou aqui na rodoviária de Piracicaba, aguardando o ônibus que me levará para mais uma noite de plantão em São Paulo. A tristeza é grande, mas para tentar minimizar o sofrimento, divido com vocês a alegria de um final de semana para ser lembrado; estamos em primeiro lugar no ranking de associações da CAOIB, também no ranking individual com o Ademar Dantas e no de calouros com o Rodrigo Tsuji. Pena que ficamos em segundo na expo Vinhedo. Valeu o esforço de todos, parabéns,

quinta-feira, 18 de abril de 2013

14ª Exposição Nacional de Orquídeas de Vinhedo

Depois de várias semanas com exposições distantes de casa, teremos agora uma série delas mais próximas. Começamos com Vinhedo, que realizará entre os dias 19 e 21 de abril de 2013 a sua 14ª Exposição Nacional de Orquídeas. Em 2012, a ORQUIPIRA foi a campeã do evento, totalizando 445 pontos com 112 plantas, seguida de perto por Vinhedo com 365 pontos e 101 plantas e com Salto em terceiro apresentando 58 plantas que somaram 247 pontos. O campeão individual do evento foi o Sr. Ademar Dantas, de Piracicaba, com 45 plantas e 181 pontos. Agora participaremos com 121 plantas, mas sabemos que nas últimas exposições, todas as entidades estão levando mais vasos e o resultado é uma incógnita.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

O que acontece com a CAOB - Parte 2 e 1/2?

Vanda sanderiana (Rchb.f.) Rchb.f. (1882).
Achei que todos os problemas estavam resolvidos quando encontrei um comentário no blog, afirmando que um coordenador da CAOB, havia dito que as categorias de julgamento VII e VIII haviam sido fundidas passando a existir apenas a categoria VII, englobando híbridos e espécies monopodiais. Fiquei surpreso e indignado, pois nunca fui avisado do fato, apesar de ser juiz autorizado CAOB! Infelizmente quem postou o comentário não identificou-se e nem nomeou o coordenador de tal afirmação. Pois bem, para surpresa geral, hoje, 5 dias após o julgamento em Presidente Venceslau, saiu a planilha de pódios e lá estão as categorias VII e VIII, juntas, vivas e para variar, com FALHAS.  O 3º lugar da categoria VIII, híbridos monopodiais, é uma Vanda sanderiana, como todos sabem, uma espécie (ou não sabem?). Se deixou de existir a categoria VIII, os juízes e coordenadores precisam ser imediatamente avisados! Na verdade acho improvável que a categoria VIII tenha sido extinta, pois as espécies monopodiais são muitas e muito variáveis, sendo uma injustiça agrupa-las em uma categoria apenas. Lembremos que Laelias e Cattleyas e seus aparentados, são merecedoras de 2 categorias só pelo fato de nascerem no Brasil ou fora dele (categorias I e II), além de mais uma para os híbridos (categoria III). É muita proteção para um grupo em detrimento de outro! Achismos à parte, acredito que em algumas exposições, não foram encontradas plantas suficientes para compor todas as categorias e que alguém resolveu por conta própria agrupa-las em uma só categoria, independente de ser espécie , híbrido ou de obedecer qualquer critério. Se for assim, o erro é grave, pois registramos inverdades, que serão perpetuadas eternamente  na internet. Basta premiar o que tem e deixar em branco o restante, anotando que não haviam plantas premiáveis nesta categoria.
Ainda em Presidente Venceslau,  a categoria IX, que julga raridade, curiosidade, novidade, premiou uma planta sem nome, portanto não passível de julgamento (letra I - nome incorreto - na planilha CAOB), ou será que alguém já viu uma planta chamar-se Ascofinetia "Minami". O nome não existe, a forma de escrever não existe, pois aspas indica um clone e não o nome de um híbrido. Será Minami o orquidário que vendeu a planta? Seja lá como for está errado e não pode estar no pódio.
Respostas não temos, só as dúvidas. Se alguém puder contribuir com informações, agradecemos todos nós, orquidófilos sérios e interessados. Ficamos no aguardo.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

34ª Exposição Nacional de Orquídeas de Catanduva

Pódio Expo Catanduva 2012 (acervo CAOB)
Sophronitis cernua var. amarela
Antonio Tadeu Peres Poleto
Monte Alto - SP
Estava um pouco desanimado em postar qualquer assunto no blog, pois parece que ninguém vê. A falta de comentários e da participação dos visitantes além de intrigar-me, cria uma sensação de estar falando sozinho ( e isto é coisa de louco). Em outros blogs de orquídeas, basta aparecer a foto de uma orquídea, mesmo quando feia, torta e sem nome, para que verdadeiras enxurradas de elogios e apoio pipoquem nos comentários. Coisas da vida, quem sabe um dia chego lá.
Falando da tradicional exposição de Catanduva, participaremos este ano com 132 vasos, contra os 134 do ano passado, que nos renderam 533 pontos e o primeiro lugar. Mantivemos o padrão. Vamos aguardar o resultado (até quando?).
 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O que estará acontecendo com a CAOB - Parte 2?

Já está perdendo a graça e eu tornando-me um chato, mas não é possível passar por cima de tantas situações incoerentes. Depois de uma semana de espera para a publicação das planilhas de pódios de Santo André e Marília, finalmente elas estão on line, mas não vejo motivos para comemorar, pois um olhar mais atento, mostra tantas falhas que talvez fosse melhor continuarmos na ignorância. Exagero de um velho rabugento? Alucinação?
Em Santo André: o terceiro lugar na categoria I, espécie nacional, é o cruzamento de uma Cattleya percivaliana tipo x "Summit". Como todos sabem esta espécie ocorre da Colômbia à Venezuela, com as maiores populações neste segundo país. O que ela está fazendo no pódio de espécies brasileiras? Para piorar o primeiro lugar de espécie estrangeira foi concedido a uma Cattleya bicolor e o segundo lugar a uma Cattleya tenuis, ambas genuinamente brasileiras.
Em Marília: o primeiro lugar para espécies monopodiais foi para um híbrido, a Vanda Gordon Dillon e o terceiro para outra planta híbrida, um cruzamento de Vanda sanderiana x Vanda Pachara Delight.
Pese sobre estes erros, as mais de 301.700 visitas registradas no site da CAOB (algo próximo a 200 por dia). Quem visita o site busca informação de qualidade e acredita que um órgão com mais de 200 afiliados, dentro de uma área totalmente específica, é fonte irrefutável. Ledo engano!
Será pedir muito, um pouco mais de atenção? Se os juízes não sabem, recorram aos coordenadores e estes a diretoria executiva, ao conselho técnico... Alguém precisa assumir a responsabilidade da informação, tornando-a mais ágil e confiável. É o mínimo que podemos esperar.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O que estará acontecendo com a CAOB?

Há pouco mais de 15 dias, logo após a exposição de Franca, passei a enviar diversas correspondências por e-mail para a CAOB. A mola propulsora que deu início a esta série de correspondências foram as críticas feitas por membros da CAOB e seus representantes constituídos, os coordenadores de exposição e juízes. Mantive tudo até o momento longe do conhecimento geral, mas como nada foi feito e nenhuma resposta alguém dignou-se a enviar, acho que está na hora de tornar o fato público e colher a opinião dos leitores deste blog. pois gostaria muito de saber o que se passa com as outras entidades e se as falhas são generalizadas ou só acontecem com Piracicaba. Usem este espaço para enriquecer a discussão, mesmo que suas ideias sejam completamente divergentes das minhas e atire quantas pedras quiser no meu telhado de vidro.
Farei apenas um resumo dos fatos reduzindo ao máximo as inúmeras páginas de documentos enviados a CAOB, pois tenho certeza que todos desistiriam antes da metade da leitura.
Algumas críticas são frequentes, quase diárias e não prejudicam apenas nossa entidade: os pontos do ranking na página oficial da CAOB estão sempre errados (desde ontem por exemplo aparecem dobrados), as planilhas muitas vezes não são publicadas e ficamos sem saber os resultados da exposição, a planilha dos pódios de Santo André cujo julgamento ocorreu na quinta feira e a de Marília que foi na sexta ainda não foram divulgadas, lembrando que ela também não é mais entregue em papel para economia financeira e por motivos ecológicos, portanto ainda não sabemos quais as plantas premiadas nas referidas exposições (e hoje já é quarta feira, quando já pensamos na próxima exposição).
Algumas questões são pontuais e causam sempre prejuízos significativos para nosso desempenho:
- Existe na página principal do site da CAOB, o "Regulamento de Julgamento 2012". Se existe um código, o mesmo deve ser cumprido ou pelo menos mudado. Está explícito no regulamento que não deve ser punida pela forma (letra A na planilha de julgamento), as ESPÉCIES de paphio e monopodiais, por falta de conhecimento técnico dos juízes (palavras da CAOB e não minhas). Também está claro que as Anathallis necessitam de 10 hastes florais para pontuarem. Nada disso está sendo cumprido e a CAOB não altera o regulamento e nem obriga juízes e coordenadores a cumprirem o mesmo.
- As somas dos pontos muitas vezes são incorretas e frequentemente plantas ficam sem julgamento. Listei cada uma das vezes que o fato ocorreu para a CAOB, mas só para resumir e exemplificar, a planta que fez o pódio de mérito cultural em Santo André do Fernando e da Ana Olitta, ficou sem nota e o juiz anotou no espaço - "planta não encontrada" . Ela passou apenas quatro dias no pódio e o juiz não viu? O coordenador também não viu? Ninguém viu? E olhe que esta planta gerou uma grande polêmica, que já citei em outra postagem, pois foi enviada como Gomesa radicans e não queriam aceitar o nome, mesmo sendo o aceito por Kew. Se mesmo com tanta polêmica o juiz não sabe onde estava a planta, o que posso dizer? Já mandei um e-mail pedindo estes pontos, mas nem resposta obtive (como sempre). Na mesma exposição uma Euanthe sanderiana ficou sem julgamento.
- Os critérios de julgamento não existem. Um dos casos demonstra bem a situação, pois um Dendrobium glomeratum fez 5 pontos numa semana, recebeu estado floral na segunda e repetiu 5 pontos na terceira. Como explicar? Ela estava em botão na segunda semana mas aberta na primeira ou passada na segunda e novamente boa na terceira? Isto não existe. São os olhos, de quem julga sem critério (espero sinceramente tratar-se de miopia e não sentimentos pessoais que embacem a visão).
- Plantas raras e muito bem floridas estão sendo julgadas com descaso, talvez por desconhecimento do avaliador, mas enviar plantas para uma exposição é correr riscos de stress pela seca, calor, transporte, além de sujeitar-se a roubos, tombos, etc. Quando a planta é comum, reclamam que mandam muitas e não querem julgar, quando raras não sabem avaliar suas qualidades. Cada caso também foi discriminado e registrado para a CAOB, mas basta a ideia principal.
- A planilha de julgamento tem em seu rodapé as correspondências das letras com a punição em que enquadramos a planta (A - forma, B -  pouca flor e assim por diante). As letras na planilha vão até L, mas em Dobrada criaram a letra M - recém plantada? Incluam pelo menos na planilha a referida letra, pois caso contrário podemos criar critérios indiscriminadamente: N - não gostei da cor do vaso, O - o dono da planta não quis me dar um pedaço, P - PQP que inveja, ..........
- Se olharmos os pódios das últimas exposições, temos híbridos monopodiais premiados na categoria VII, exclusiva para espécies e espécies premiadas na categoria VIII exclusivas para híbridos.  Na maioria das vezes a categoria certa ficou sem plantas premiadas. Para exemplificar, em Dobrada o 1º lugar em híbrido monopodial foi uma espécie, a Doritis pulcherrima e em Batatais o 3º lugar para espécie monopodial foi uma Mokara, cruzamento de Vanda, Ascocentrum e Arachnis. O site da CAOB está aberto ao público e deveria servir de fonte de consulta. Quantos conhecimentos errados a CAOB está disseminando? Será este seu papel?
- Na página principal da CAOB existem vários "Avisos Importantes" e o de número 7 diz ser absurdo recursar e reclamar sobre o julgamento a posteriore, mas a planilha de julgamento, nunca está disponível para avaliação, ainda na sexta feira e não faz sentido transformarmos o recinto da exposição em um octógono, com ferozes lutadores de MMA combatendo até o último sopro de vida, na frustrada tentativa de tocar o objeto sagrado que é a planilha.
- Só para encerrar a enxurrada de lamúrias, recebi e corri pagar a anuidade da CAOB, pois quase morri de susto com a possibilidade de pagarmos 1% de multa AO DIA, além dos juros bancários pertinentes. Será esta a entidade que nos protege? Isto me faz lembrar todos os conselhos de classe )CRM, CROSP, CREA, CRN, COREN), ótimos para cobrar e punir, mas omissos em defender a categoria massacrada que representam. Não podemos nos esquecer da "simbólica" taxa de coordenação de 15% cobrada pela CAOB sobre os valores arrecadados com a exposição. Em seu "Aviso importante nº 6", diz que a mesma incide em todos os valores arrecadados, até patrocínios. Será que referem-se apenas as entidades que cobravam dos vendedores dois valores, um pelo espaço e outro para divulgação do evento, ou realmente sobre a ajuda da Prefeitura, empresas da cidade, etc. Como não está claro podemos ser surpreendidos por interpretações pessoais. Logo precisaremos de um empréstimo para pagar os custos da exposição.
Continuo sem respostas da CAOB. Os erros impressos no site da CAOB continuam lá, sem alterações. Os pontos do ranking estão errados. As planilhas dos pódios não divulgadas. As plantas não julgadas, ainda desrespeitadas, mesmo merecedoras de pódio.
Gostaria de ouvir as opiniões de vocês, pois se tantos erros foram identificados nas nossas planilhas, o que não encontraremos avaliando as outras das 200 entidades filiada a CAOB? Já disse inúmeras vezes nas correspondências e reafirmo em público que tenho a única finalidade de ajudar, contribuir. Mostrar as falhas é criar oportunidades de correção e melhoria. Entendo a dificuldade do trabalho a ser realizado e admiro a coragem de que se propõe a realiza-lo. Temos muito trabalho pela frente e não quero excluir-me dele. A meta comum é engrandecer a orquidofilia nacional e para isto precisamos fortalecer as entidades e sua coordenadoria, fomentar relações fraternas, colaborar, somar.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Troféu Revista O Mundo das Orquídeas

Adicionar legenda
O Troféu transitório, que estava em disputa nas exposições de Santo André agora tem um dono definitivo: Piracicaba. Gentileza da Editora On Line, que era a responsável pela produção e distribuição da Revista O Mundo das Orquídeas, que dá nome ao troféu, este está em disputa desde abril de 1998. Para o meio orquidófilo, a Revista O Mundo das Orquídeas carrega gratas lembranças, pois durante muitos anos foi a única fonte de informação no Brasil, esforço incansável do saudoso Waldyr Fochi Endsfeldz (1925 - 2005), um dos fundadores da CAO-VIVA - Clube dos Amigos da Orquídea de Vinhedo - Valinhos.
A taça ficaria definitivamente em posse do vencedor por 3 anos consecutivos ou 5 anos alternados. Nestes 16 anos o troféu mudou muitas vezes de endereço com diversos campeões com mais de uma conquista. Vejamos:
1998 - Salto - 155 pontos
1999 - AOSP - 195 pontos
2000 - Salto - 196 pontos
2001 - Salto - 99 pontos
2002 - AOSP 105 pontos
2003 - Rio Claro - 151 pontos
2004 - AOSP - 246 pontos
2005 - Rio Claro - 214 pontos
2006 - Sorocaba - 212 pontos
2007 - Vale do Ribeira - 126 pontos
2008 - Rio Claro - 238 pontos
2009 - Sorocaba - 197 pontos
2010 - Poços de Caldas - 203 pontos
2011 - Piracicaba - 389 pontos
2012 - Piracicaba - 422 pontos
2013 - Piracicaba - 494 pontos
Obrigado a Santo André por proporcionar esta disputa saudável. Obrigado a todos os vencedores anteriores, pois esta história tem muito mais valor e será contada para as próximas gerações de orquidófilos.
Santo André agora diz que precisa conseguir nova taça. Espero que a mesma tenha tanta história e importância para quem a conquistar Parabéns mais uma vez para a Sociedade Orquidófila de Santo André.
 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A pontuação da exposição de Santo André

O julgamento das plantas em Santo André, prolongou-se além das 20h. Mesmo 16 horas depois do fim, o resultado não foi divulgado no site da CAOB. Oficiosamente, os pontos das principais entidades são: Santo André com 750, Piracicaba com 494 e Poços de Caldas com 386. Confirmando-se o resultado, a taça em disputa há anos agora é de Piracicaba definitivamente. Se ela realmente chegar aqui em casa, segunda postamos a foto.

O nome correto de uma espécie

Não é fácil manter-se atualizado com a frequente mudança de nomes das espécies de orquídeas. Há algum tempo, surgiu uma iniciativa na CAOB de criar uma lista de sinônimos das espécies brasileiras de orquídeas, elaborada pelo Sr Dalton Holland Baptista, passando este a ser o documento oficial por mais ou menos 2 anos, independente de mudanças que pudessem ocorrer. A finalidade principal, era padronizar a terminologia, facilitando os julgamentos, já que precisaríamos conhecer apenas
um nome para cada espécie e não vários sinônimos, muitas vezes nunca pronunciados. Houve uma revolta, pois muitos não aceitavam mudar o nome de sua planta que já conhecia há décadas. Alegou-se que para muitos seria difícil consultar tal lista, mesmo com cada entidade recebendo uma cópia gratuita da mesma e existindo no site da CAOB a consulta on line. Finalmente depois de muita pressão, a diretoria da CAOB e o conselho técnico, resolveram suspender por prazo indeterminado a lista e manter o que sempre havia acontecido, cada um usa o sinônimo que achar melhor.
Ontem na exposição de Santo André, surgiu uma discussão sobre premiar ou não uma planta de excelente cultivo do Sr Fernando Olitta e sua esposa Ana. Os juízes não queriam premiá-la pois esta estava com o nome "errado": Gomesa radicans. Convencidos por outra ala de juízes, trocaram o nome da planta para Ornithophora radicans e conferiram o prêmio de mérito cultural.
Vamos às verdades dos fatos! Sem uma referência é impossível conhecer todos os nomes que se aplicam a uma espécie. O que diremos então de 25.000 espécies! Antes de julgar e criticar é preciso estudar, conhecer e respeitar o conhecimento dos outros.
Gomesa radicans (Rchb.f.) M.W.Chase & N.H.Williams (2009) é o nome aceito pelo Kew Royal Botanic Gardens, o mais respeitado centro de registro de espécies do mundo. São sinônimos: Sigmatostalix radicans Rchb.f. (1864), Ornithophora radicans (Rchb.f.) Garay e Pabst (1951) e Ornithophora quadricolor Barb.Rodr. (1862).
Apenas para entendermos os fatos: a espécie foi descrita inicialmente por Reichenbach como Sigmatostalix radicans em 1864 e transferida para o gênero Ornithophora em 1951 por Garay e Pabst. Em 2009, Chase & Williams,  realizaram estudos de DNA e incorporaram a espécie ao gênero Gomesa, fato atualmente aceito por Kew.  Em 1862 Barbosa Rodrigues descreveu novamente a planta como Ornithophora quadricolor, mas este nome não é aceito por ter acontecido após a descrição de Reichenbach (vale sempre a descrição correta e mais antiga).
Para concluir: PARABÉNS Fernando e Ana Olitta, "Mataram a pau"!
Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho de Kew, o link abaixo abrirá a consulta da "world checklist of selected plant families". Basta você digitar o gênero que ele abrirá a lista de todas as espécies e os sinônimos, ou já digitar o nome da espécie para identificar as informações pertinentes. Vale a pena digitar o gênero, pois o nome precisa estar escrito corretamente e fica mais fácil desta forma. Experimente e se surpreenda. Lembrar apenas que quando digitamos o gênero, a lista só contém nomes deste gênero e precisamos avaliar espécie por espécie para saber se existem sinônimos em outros gêneros (como neste caso).

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Santo André e Marília - uma semana com jornada dupla

Esta semana guarda algumas novidades na rotina da associação. Além de participarmos de duas exposições no mesmo final de semana, Marília e Santo André, os prazos para o preparo dos vasos foram muito reduzidos. Para levar nossas plantas até Marília, contamos com a colaboração do Salvador Gorni, associado da ORQUIPIRA e proprietário do Orquidário da Serra, que estará vendendo plantas durante a exposição. Por problemas logísticos, os vasos foram preparados na segunda a noite e entregues para ele na terça (espero que aguentem até sexta, na hora do julgamento!). Nosso foco principal porém, é a exposição de Santo André. Com início na quinta feira, os vasos já foram preparados hoje e o caminhão carregado. A associação de Santo André, confere um troféu para a entidade campeã do evento (excetuando-se os donos da casa), que fica em posse desta entidade até a próxima exposição. O ganhador por três anos consecutivos ou cinco intercalados fica com a posse definitiva. Somos os vencedores de 2011 e 2012 e tentamos neste final de semana a conquista definitiva deste prêmio. O resultado já deve sair amanhã.
Para Santo André enviamos 138 plantas e para Marília 22 vasos que espero não façam falta nesta empreitada. O importante sempre, é prestigiar as exposições de nossos amigos, o que infelizmente nem sempre é possível Boas exposições para todos e fiquem ligados nos resultados.